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Navegações Portuguesas

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O Périplo Africano

Em:

  • 1415, sob comando de D. Pedro, D Duarte e D. Henrique, é tomada a praça de Ceuta, na costa marroquina.
  • 1419, João Gonçalves Zarco e Tristão Teixeira atingem o arquipélago da Madeira.
  • 1427, Diogo de Silves atinge os Açores.
  • 1434, Gil Eanes dobra o cabo Bojador.
  • 1444, Dinis Dias atinge as ilhas de Cabo Verde.
  • 1446, Nuno Tristão atinge a Guiné.
  • 1482, Diogo Cão chega ao rio Congo (ou Zaire)
  • 1487-88, Bartolomeu Dias atinge o cabo da Boa Esperança, no sul da África.
  • 1492, Colombo, a serviço de Castela, descobre a América.
  • 1498, Vasco da Gama fecha o "périplo africano", atingindo Calicute, nas Índias.
  • 1500, Pedro Álvares Cabral descobre o Brasil.

Navegações Portuguesas

 

A viagem de Colombo e a Partilha do Mundo

A união por casamento do reino de Aragão e Castela, bem como a expulsão definitiva dos muçulmanos da península Ibérica, com a conquista de Granada (1492), assinalam a constituição da Espanha como Estado Moderno, ou Monarquia Nacional.

Nesse mesmo ano inicia-se a expansão a expansão marítima espanhola com um grande feito: Colombo, seguindo a rota do Ocidente com três caravelas, Santa Maria, Pinta e Ninã, atinge a ilha  de Guanaani, na América Central.

Os navegantes da Espanha buscaram uma nova rota pra as Índias, através do Ocidente. E foi essa busca que acabou levando o genovês Cristóvão Colombo, em nome da Espanha, a chegar à América, em 1492. Portugal pressionava a Espanha a respeito das terras recém-descobertas e aquelas ainda por descobrir. Para solucionar essa pendência foi assinado o Tratado de Tordesilhas (1494), que praticamente partilhou o domínio do mundo entre os dois países ibéricos.

A Bula Inter Coetera e o Tratado de Tordesilhas

Com a descoberta da América, inicia-se a disputa entre Portugal e Espanha pela posse das terras descobertas.

D. Fernando influenciara na eleição, em 1492, do novo papa, o cardeal aragonês Rodrigo Bórgia, que assumiu o trono papal com o título de Alexandre VI, passam a ser favorecidos os interesses de Castela.

Datada de maio de 1493, é expedida a bula papal Inter Coetera, na qual se estabelecia o seguinte:

Traçado um meridiano de pólo a pólo a 100 léguas a oeste das ilhas de Cabo Verde, as terras a oeste do referido meridiano pertenciam à Espanha e as terras a leste do referido meridiano pertenciam à Portugal.

D. João II protestou contra a bula de Alexandre VI, junto a Cúria Romana e aos reis católicos, por ela beneficiados. Cria-se um clima de tensão e iniciam-se novas conversações.

No dia 7 de junho de 1494, é assinado na povoação  castelhana de Tordesilhas o tratado que dela tomou o nome, recebendo também o título de: Capitulação da Partição do Mar Oceano. O referido tratado ou capitulação estabelecia o seguinte:

Traçado um meridiano de pólo a pólo, a 370 léguas a oeste das ilhas de Cabo Verde, as terras a oeste desse meridiano pertencem à Espanha e as terras a leste desse meridiano pertencem à Portugal.

A bula papal e o Tratado de Tordesilhas expressam a disputa, a concorrência pelas fontes de produção.

 

A Expansão marítimo-comercial Portuguesa

 

O meridiano de Tordesilhas não chegou a ser efetivamente demarcado. "A primeira discussão a respeito da demarcação do meridiano fixado em Tordesilhas travou-se quanto à escolha de qual das ilhas de Cabo Verde deveria ser começada a contagem das léguas..."

O Tratado de Tordesilhas foi revogado em 1750 com o Tratado de Madri, revigorado em 1761 com o Tratado de El Pardo e definitivamente revogado em 1777 com o Tratado de Santo Idelfonso.

Deve-se registrar que, se fosse mantida a demarcação de 100 léguas, o território brasileiro estaria fora do alcance dos portugueses, seria espanhol. A demarcação de 370 léguas a oeste das ilhas de Cabo Verde designaria um meridiano que, se fosse demarcado, passaria por o que é hoje Belém no  estado do Pará e Laguna  no estado de Santa Catarina. Esse fato reforça a idéia de que provavelmente os portugueses já sabiam da existência de terras nesse lado do oceano Atlântico antes da expedição de Cabral, que teria menos um sentido de "descoberta" e mais um sentido de reconhecimento e posse dessas terras.

O que se deve reter aqui é que com essa linha demarcatória acirra-se a disputa pela partilha do mundo entre as potências européias, inicialmente entre portugueses e espanhóis, e, posteriormente, envolvendo ingleses, franceses e holandeses.

Em Portugal existe um monumento aos descobrimentos, esse monumento fica em Lisboa. Veja:

Monumento aos Descobrimentos  - Lisboa - Portugal

fonte: Apostilas. ETAPA. PEDRO, Antônio. História da Civilização Ocidental. ensino médio. volume único.

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