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Renascimento Científico (Parte II)

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Bibliotecas, Escolas e Academias

O trabalho intelectual passou a ser melhor organizado, mais livre e mais produtivo. Multiplicam-se as bibliotecas e fundam-se centros de pesquisa ao lado de universidades, as chamadas "escolas" e "academias". Em Roma, o papa Nicolau V (1447-1455) reuniu cerca de 5 000 manuscritos, começando a Biblioteca do Vaticano, que se tornou uma das mais importantes do mundo. O ensino também se transformou: Criaram-se novas disciplinas  nas universidades, especialmente passou-se a ensinar o grego, o hebraico, e ciência e filosofia antigas. Os príncipes passaram a confiar a educação de seus filhos a muitos destes homens ligados à renovação. Um destes sábios importantes foi Vittorino de Feltre (1397-1446).

A Escola de Feltre

A Corte dos Gonzaga, príncipes de Mântua, confiou a educação de seus filhos a Vittorino de Feltre, que era matemático. Este organizou uma escola nos modelos da Grécia Antiga. Achava que a educação física tinha que ter tanta importância quanto a educação do espírito. Os Gonzaga deixaram Feltre estabelecer sua escola numa mansão à beira de um lago, e a denominou "mansão alegre". Feltre queria que a instrução fosse um divertimento e que as crianças gostassem de estudar. O ensino deveria ser o mais variado possível. Existe registrado o depoimento de um aluno que assim se expressou: "Vittorino propunha às crianças muitos estudos ao mesmo tempo, pois ele dizia que, como o corpo se restaura pela variedade de alimentos, assim deve ser o espírito, pela alternância das matérias estudadas. Ele louvava muito aquilo que os gregos chamavam de 'enciclopédia', pois, dizia ele, a ciência e a erudição se compõem de variadas disciplinas. Os exercícios físicos tinham um lugar importante neste tipo de educação".

Da "Dialética" à Experimentação

O estudo das obras de Aristóteles em seu texto original deixou claro que seu pensamento havia sido distorcido. O conhecimento de outros autores gregos, quase ignorados até então, como, por exemplo Platão, demonstrava que não havia entre os pensadores antigos uma única doutrina e muito menos com certezas absolutas. Para muitos, agora tratava-se de procurar a ciência em outro lugar e não nos textos dos livros, e por outros métodos além do simples raciocínio (a "dialética") sobre os textos.

Leonardo da Vinci (1452-1519)

Leonardo da Vinci pode ser considerado o primeiro grande sábio da Época Moderna. Percebeu claramente que a ciência só poderia progredir através da observação, da experiência e do raciocínio matemático. Afirmava ele: "Muitos pensarão que podem me censurar, alegando que minhas provas vão contra a autoridade de alguns homens tidos em grande conta, sem considerar que minhas idéias nasceram da pura e simples  experiência que é a verdadeira mestra... A experiência é a única intérprete da natureza. É necessário, pois, sempre consulta-la e varia-la de mil maneiras..." Entretanto, toda a ciência deveria ter uma formulação matemática: "Nenhuma investigação humana não pode ser chamada de verdadeira ciência, se não passar por demonstrações matemáticas".

fonte:apostilas ETAPA

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