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A Odisséia (parte I)

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Atribuem-se a Homero dois poemas que fornecem elementos fundamentais para o conhecimento da cultura grega. A Ilíada e A Odisséia.

Vamos falar aqui sobre a Odisséia, que narra as aventuras de Ulisses em sua volta ao lar, na ilha de Ítaca, uma viagem que durou dez anos , logo após a destruição de Tróia.

Esperavam-no em Ítaca sua fiel esposa Penélope e seu filho Telêmaco, que havia deixado com um ano de idade.

Em Ítaca, consideravam Penélope viúva e apareceram numerosos homens que queriam sua mão em casamento. Um grande número de pretendentes se estabeleceu no palácio de Ulisses e tinham uma vida feliz na ausência do dono da casa.

A cada ano faziam mais pressão para que Penélope escolhesse um marido. Entretanto, ela não perdia a esperança da volta de Ulisses. Para ganhar tempo, teceu uma  tapeçaria e avisou que só faria a escolha quando terminasse o trabalho. Quando percebia que o tapete estava terminando e o marido não dava notícias, desfazia o que havia tecido e reiniciava o trabalho. Enquanto isso, seu marido em algum lugar, enfrentava adversidades e aventuras para retornar a Ítaca.

O ciclope Polifemo

Entre as aventuras de Ulisses em sua viagem de regresso, é citada a sua passagem no país dos ciclopes que, segundo a lenda, ficava na Itália. Os ciclopes eram gigantes que possuíam um só olho no meio da testa. O ciclope Polifemo morava em uma caverna, vivia do pastoreio e se alimentava de carne humana.

Acompanhado de doze homens, certo dia Ulisses entrou na caverna do ciclope levando consigo vinho. Seus companheiros alimentaram-se de leite, queijo e coalhada. Ao regressar à sua caverna, Polifemo apoderou-se dos estranhos e prendeu-os num canto de sua morada, tendo o cuidado de fechar a caverna com uma enorme pedra. Dali em diante devorava dois homens por dia.

Ulisses, vendo que bem depressa chegaria sua vez, ofereceu ao gigante o vinho que trouxera. Polifemo provou, gostou, bebeu mais e embriagou-se. Dormiu profundamente. Durante o tempo em que bebia, perguntara a Ulisses o seu nome. "Ninguém", respondeu o ardiloso Ulisses.

Vendo-o à sua mercê e completamente anestesiado pelo vinho, com uma ponta de madeira, furou o olho do gigante.

Polifemo, urrava de dor e, logo apareceram outros ciclopes para acudir Polifemo. "Que aconteceu?" perguntavam. E Polifemo gritava: "Estão me matando!". "Quem te fez mal?" perguntavam os outros ciclopes. Polifemo respondia: "Ninguém!" Os gigantes então foram embora.

Polifemo sentou-se na entrada da caverna onde estava a pesada pedra que servia de porta, e que só ele podia mover. Pela manhã, o gigante removeu a pedra para que seu rebanho saísse para pastar. Ulisses havia amarrado seus companheiros no ventre dos carneiros, de tal forma que pudesses escapar, pois o gigante passava a mão no dorso dos carneiros para se certificar de que os estrangeiros não estavam escapando da caverna. e foi assim que Ulisses conseguiu fugir e retomar sua viagem de volta ao lar.

Ulisses no inferno

A partir de então Ulisses corria sério perigo, pois o ciclope era filho do deus do mar Poseidon, que passou a odiá-lo e a criar muitos obstáculos para impedir sua chegada a Ítaca.

Do país dos ciclopes, Ulisses chegou à ilha onde reinava Éolo, o rei dos ventos, depois desembarcou no país dos Lestrigões, que também se alimentavam de carne humana.

Fugindo, conseguiu chegar à ilha de Aea, onde vivia a feiticeira Circe, que o instigou a ir aos infernos para consultar o adivinho Tirésias, que iria prever como chegaria à sua pátria. Nessa ocasião, Ulisses viu o fantasma de sua própria mãe, que lhe disse que a esposa Penélope e o filho Telêmaco estavam sofrendo muito em Ítaca, e que ainda esperavam pela sua volta.

 

Adivinho Tirésias (esquerda) e Ulisses no inferno

 

continua no próximo post...

fonte: apostilas ETAPA

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