Os projetos de desenvolvimento dos governos militares dependiam dos empréstimos feitos pelos grandes bancos internacionais.
Na primeira metade da década de 1970, a crise petrolífera (elevação do preço do petróleo decretada pela Opep) começou a abalar a economia capitalista, estável desde o fim da Segunda Guerra Mundial. Nos últimos anos de 1970 e começo da década de 1980, já era claro que o modelo de desenvolvimento dos governos militares não estava adequado à nova conjuntura mundial.
Na Nicarágua, a ditadura da família Somoza foi derrubada por uma revolução em 1979. Iniciava-se, assim, o regime sandinista, de matizes socialistas e aliado de Cuba. O governo revolucionário nicaraguense teve de enfrentar durante muitos anos, o movimento guerrilheiro de direita conhecido como Contras, apoiado pela CIA norte-americana.
Em 1990, pressionados pela conjuntura internacional, os sandinistas convocaram eleições gerais, nas quais foram derrotados. O líder Daniel Ortega foi substituído por Violeta Chamorro na presidência da República. Porém, enfrentado altos níveis de desemprego e inflação, as perspectivas do pequeno país centro-americano não são promissoras.
Na Argentina, o desgaste dos militares se acelerou quando o governo se envolveu numa aventura guerreira contra a Inglaterra: a Guerra das Malvinas. Os militares não suportaram as pressões internas e foram obrigados a convocar eleições em 1983.
No ano seguinte, foi a vez do Uruguai, seguido da Bolívia, do Brasil em 1985 e, finalmente, do Chile em 1989.
Desde pelo menos a última década vem se aprofundando a chamada Globalização da economia mundial. Os diversos governos latino-americanos procuram se adequar às exigências do capitalismo globalizado, abrindo sua economia para os produtos e os investimentos estrangeiros.
A maioria dos países latino-americanos, no entanto, não tem condições de competir com a descomunal força dos grandes centros industriais. As indústrias nacionais vem fechando suas portas e demitindo trabalhadores. As forças sindicais estão desmoralizadas e enfraquecidas pela existência de um numeroso exército da reserva ( desempregados em grande número).
Essa política é legitimada pela busca da estabilidade monetária. A inflação descontrolada foi praticamente varrida de quase todos os países latino-americanos.
Todavia, a América-Latina continua mergulhada no atraso e na miséria. A denominada modernização não consegue esconder a enorme massa de excluídos em meio a pequenas ilhas de prosperidade. O contraste entre riqueza e pobreza ficou mais acentuado: padrões de consumo semelhantes aos dos países desenvolvidos para poucos e miséria africana para muitos. O Estado se mostra impotente para responder aos problemas que se avolumam.
OPEP: Organização dos Países Exportadores de Petróleo
Matizes: Combinação de cores diversas. Colorido no estilo. Na política, significa facção, cores de um partido
PEDRO, Antônio. História da civilização ocidental. ensino médio. volume único.
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1 Comentário:
Será que um dia essa história irá reverter!?!?!?!
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